segunda-feira, 9 de abril de 2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Palavras Prévias

Fac-símile de texto datilografado e assinado pelo autor,
para prefaciar a publicação independente do livro Entre Mentes..., em 1975.


quarta-feira, 21 de março de 2012

INCÓGNITA

Fac-símile de poesia tirada de uma série de trinta poemas, escritos na juventude, entre 64 e 67,
datilografados e organizados em folhetos, perfurados, sugerindo encadernação.
Escrito no banco escolar, durante uma aula de História, às 11h20 do 21 de março de 1967.

Ser samba...*

Fac-símile da folha do caderno da faculdade
com poema sem título*
escrito durante uma aula de direito romano
às 15h40 do dia 9 de maio de 1968.

terça-feira, 20 de março de 2012

SINGULAR IDADE

Fac-símile de poema da última leva de criações,
provavelmente escrito em meados da década de 80,
que também compõe a lista para a coletânea À Solar Idade

terça-feira, 13 de março de 2012

MECÂNICO ESPANTO

Fac-símile de poema da maturidade, encontrado na gaveta,
que comporia o livro À Solar Idade,
projeto de uma coletânea de uma série de poemas listados pelo autor. 
"Cosmógrafo" aparece como pseudônimo em meados dos anos 80...



CANSAÇO


Fac-símile da matriz datilografada em dois tempos, 'rabiscada' e assinada pelo autor,
Outra versão foi publicada na edição da coletânea Entre  Mentes..., de 1975.
Publicado no livro do 3º Concurso de Prosa e Poesia de Valinhos, em 1986.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DOAÇÃO


Fac-símile da versão datilografada e assinada pelo autor,
com o pseudônimo Ernesto Saveiro;
Publicado nas páginas 21 e 22 da coletânea Entre  Mentes..., de 1975.
Menção-honrosa no Concurso "Pablo Neruda" da poesia latino-americana, realizado pela Casa Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina, em 23 de setembro de 1974.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CANÇÃO DE QUASE PROTESTO



 Nosso mundo
(parece)
carece
de Amor.

            A perspectiva
            é um cataclismo,
            vasto egoísmo
            faz o presente.

                        Pois o mundo
(parece)
carece
de Amor.

E nossa vida
é bem triste;
nela persiste
a solidão.

            Porque o mundo
(parece)
carece
de Amor.

E utopia é cogitar
da sonhada verdade
e da felicidade,
que o orgulho não traz.

Já que o mundo
(parece)
carece
de Amor.

            E a superficialidade
            ao homem ilude;
            julgada virtude
            a vã altivez.

É que o mundo
(parece)
carece
de Amor.

            E teima o poeta,
que vive (de dor)
num mundo sem Cor,
sem Flor, sem Amor...


Ernesto Henriques da Silva,
Publicado no livro do 1º Concurso Local de Conto e Poesia de Valinhos, em 1984.

LODO LÚDICO, LIBERDADE


Esquecida a precoce malícia,
a ânsia que enseja o vício,
por ora.

Por ora,
substituída a já adulta amargura,
que faz dos pueris olhos
faíscas de perscrutação.

E transformados os gestos rudes,
que a aprendizagem pela dor
assim os fez, ariscos.
Mas, por ora, transformados.

Por ora,
desfeita a farsa
(que finge força),
ausente a fronte
(que afronta).

Por ora, alheios
de tudo que lembre
fome, febre, fedor,
frestas, frio e dor,
todo pesadelo familiar:
paredes lamúrias, sem lar.

Por ora, liberalmente distraídos
(ou distraidamente libertos?),
os meninos da favela
brincam de escorregadia felicidade
na vertiginosa enxurrada.

Mas não vacilam, que na favela
a vertigem é a própria vida.

E, porque jamais amestrados,
ensaiam inusitadas fantasias,
danças e passos (de ousadias ou orações?)

E, no cenário de chão e chuva,
por ora, explode o poder
de esplêndida espontaneidade!

Ah, essa estranha coreografia
Da inesperada liberdade!...
Deslizante ventura,
que emoldura de brilho
a nua paisagem do morro,
por ora...

Até que a liberdade se estranhe
ou o sol se apresse em voltar.


Ernesto Henriques da Silva,
Publicado no livro do 2º Concurso de Conto e Poesia de Valinhos, em 1985.