Lodo Lúdico, Liberdade...

Espaço para compartilhar amiúde poemas (e outros trabalhos com as palavras) criados por Ernesto Henriques da Silva no quando de sua existência (1948-1989). Papéis há décadas fechados na estante, e em sua maior parte, inéditos... Neste momento, este espaço se apresenta como um canteiro arqueológico, onde se expõem as descobertas ainda desordenadamente. Para aos poucos ir recompondo o que for possível do pensamento-existência que um certo Ernesto deixou impresso nas folhas do tempo...

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A JESUS, PELO SEU ANIVERSÁRIO




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EXISTÊNCIA*

Se um dia por ventura,

Quiserem-me situar no tempo..

Talvez não o consigam...

O poeta não tem tempo...

não tem idade...

O poeta não tem infância

E nem velhice...

Sua alma é sempre

jovem e velha simultanea-

-mente.

Sua vida... eterna.

Para êle não contam as

horas e não há epílogo...

e sim existência.

Pois o poeta pertence

à metafísica,

E destruí-la quem há-de?

O poeta é como o dia;

Morre hoje mas nasce amanhã,

E sempre haverá de ser.

Portanto, quando meu corpo

jazer sob a terra, putrefato,

não julgueis que tudo é findo;

E que então só exista

um nome incrustado em tôsca cruz...

Pois haverá uma voz a falar,

sem necessitar de movimentos bucais

E de articulações vocais,

E no entanto com a bôca tapada pela terra,

eu falarei...

E o mundo ouvirá a indelével mensagem,

Que tormento da vida fêz-me escrever,

Para aquêles que

virão e julgarão sofrer.


EHS. 25/outubro/67.



12;40 horas. (Em meu quarto,

ouvindo Mozart e a chuva

que cai impiedosa e dôce,

pensando.sofrendo..pensando...



*Original sem título,

frente-e-verso de uma folha de caderno escolar

escrito por Ernesto Henriques da Silva, aos 19 anos.


poema inédito

Em Escolar Idade

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Ernesto Henriques da Silva
Ainda no ventre da mãe, atravessou o Atlântico para nascer na cidade de Santos aos 18 de fevereiro de 1948. Em sua vida estudantil, passou por bancos escolares de Campinas, Paranhos da Beira, São José do Rio Preto, Monte Aprazível e São Paulo. Após três anos na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, optou pelo magistério, ingressando no Curso de Português e Francês da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, licenciando-se em 1974. Ainda na capital paulista, lecionou vários anos em cursos preparatórios ao vestibular. Alguns poemas seus foram publicados esparsamente em revistas literárias e coletâneas poéticas. Em 1976 casou-se com Flávia, e tiveram três filhos: André, Fabiana e Letícia. Em 1979 escolheram a cidade de Valinhos para morar. Engajou-se como professor de língua portuguesa em várias escolas da rede pública da região. Então cidadão valinhense, morou sempre na mesma casa. Vivia plantando árvores e passando abaixo-assinados junto à vizinhança pra fazer do terreno baldio na “rua de cima”, uma praça pública... Depois de um ano lutando contra um câncer de difícil diagnóstico, veio a falecer em Campinas, nos 18 de junho de 1989.
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  • 1968-74 - Nas UniVersidades (1)
  • 1974 - Concurso Pablo Neruda da Casa Latino-Americana de Buenos Aires (1)
  • 1975 - Entre Mentes... (3)
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